segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ode




Ode aos fantasmas de carne e osso que me rodeiam.
Não os odeio, apenas temo que dos vivos eles venham me afastar.
Ou que minha imaginação chegue a tal ponto que eu me perca e não saiba voltar.
Mas não desisto!
Preservarei o quanto puder certo grau de realidade, que venha me salvar, que venha quando puder!

Aline Larissa Leite de Araujo

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Torre de Babel



Por aqui, silêncio. Estou me ouvindo.
Nunca estou calada por dentro, meus pensamentos emitem sons que desconheço.
De tão rápidos me parecem estar em outra língua, num vocabulário que não aprendi.
Atento-me. A Babilônia da minha mente me confunde.
Acentuo-me. Exclamações, interrogações, reticências.
A poesia e a prosa do que imagino preenchem de significado as coisas vãs.

Aline Larissa Leite de Araujo













Vale o quanto pesa?





Temer. Ter medo de...
É diferente. É engraçado.
Não há por quê, mas mesmo assim se sente.
O mesmo lado da rua, da cama, da vida.
O não arriscar-se muitas vezes por não saber fazê-lo.
O medo do medo. A segurança do mesmo.
O preço a se pagar é a mesmice, o inatingível, o não sonhar.
Vale o quanto pesa? Quem saberá? Importa saber?

Aline Larissa Leite de Araujo