quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sob sonhos



Glórias de papel. Certezas como castelos de cartas de baralho.
Basta um sopro. A gota d’água.
Folhas no Outono, encerrando seu ciclo, nutrindo o solo, 
pisoteadas ao vento.
Como sonhos que perdemos num dado momento, que deixam de ser nos galhos da nossa compreensão e perdem-se no chão de nossas incertezas.

Aline Larissa Leite de Araujo


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Nossas tantas estações



O tempo não nos tira nada.
Permanece intacto enquanto pousamos nossas culpas nele.
As estações pouco se importam se seguimos a tendência da moda.
O outono passa a ser inverno, e só.
A natureza em nós é que se altera, de maneira silenciosa e austera.

Aline Larissa Leite de Araujo

domingo, 27 de maio de 2012

O que também digo para mim




Pega o que te dizem, filtra o que te presta.
Ignore o que não convém e não se importe em desapontar os teus.
Ninguém está dentro de ti para saber.
O passo que ora dá, interrompido pelas circunstâncias, não perdeu o valor.
Mais vale andar em círculos espirais, que parado esperando acasos.


Aline Larissa Leite de Araujo

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Taciturno




Ciclos.
Os que fechamos. Os que a vida se encarrega de fazê-lo.
Os ritos de passagem podem ser tradicionais, previstos, calculados.
Mas também podem ser inesperados, ocasionados por situações diversas.
A queda, a felicidade instantânea, aquela manhã que se deu diferente.
Uma música, um tropeço, o ombro amigo.
Os ritos de passagem que criamos são fundamentais,
ainda mais quando surgem em momentos taciturnos de nossa alma.


Aline Larissa Leite de Araujo


Nossas ideias não são só nossas... 
São fruto do nosso confronto interno e como outro. 
Dedicado á Lízia Lima!


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Tecendo pensamentos e ações (4)






Sou um discurso mal fundamentado.
Perco-me entre o que falo e faço.
Pratico coerências de tempos em tempos. 
Esquivo-me de respostas em prol da minha própria desconstrução contraditória.
Ora acresço-me, ora diminuo. 

Aline Larissa Leite de Araujo

domingo, 13 de maio de 2012

Segundo Domingo de Maio



O dia pode até mudar, mas a semana será sempre a mesma.
Todo segundo domingo de Maio é dia de homenagear as mulheres que emprestaram seu ventre para que viéssemos ao mundo.
Muitos vão dizer que isso é tática de um sistema capitalista que nos induz a consumir... 
Outros tantos passaram o dia imerso em memórias na falta da presença física de sua genitora.
Certo é que o Dia das Mães é digno de ser celebrado com presentes ou não, por aquelas que se foram ou aqui estão. Ser mãe é receber de Deus o dom incondicional de amar.
De se dar sem receber, de ser para que o filho viva.
A despeito de todas as frases feitas que cercam esta data, nunca é demais dizer que nossa mãe compõe grande pare daquilo que é da gente. Mesmo que não percebamos, temos mais delas do que podemos imaginar.
Desta forma, proponho que o segundo domingo de Maio deste ano seja diferente. Não somente de presentes, mas também de harmonia e reflexão. Pois é preciso certa sensibilidade para perceber o universo materno e suas nuances.
E isso, só quem é mãe sabe!
Feliz Dia das Mães para todas as que já se encontram neste estado de graça.
Feliz Dia das Mães para as que um dia ainda alcançarão esta dádiva.
Feliz Dia das Mães para todos nós que trazemos algo de sublime de nossas mães dentro de nós!


Aline Larissa Leite de Araujo