quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Tecendo pensamentos e ações (1)





Contra os anseios que nos transformam em seres previsíveis e tendenciosos para tudo o que não é luz, eu luto.
Da rota que me impede de ser com o outro, por mim e pelo próximo, busco desvio.
Para tudo que é certo, incomum e salutar, cultivo coragem!
Óculos de caráter para ampliar horizontes, coração aberto para assimilar aprendizado, na alma à leveza que preza a justiça.
Um dia de cada vez. De dentro pra fora. Ser espelho e reflexão!

Aline Larissa Leite de Araujo

sábado, 17 de setembro de 2011

Make Up



Dó de tirar certas maquiagens. Do rosto, da vida.
São defesas, embelezas.
Pinturas que escondem imperfeições. Do corpo, da alma.
Lápis para traçar rotas, pó que sobe do sapato, sombra que surge dos meus passos delineia o que deixo para trás.
Compacto. Não cabem na vida os sonhos que tenho!
Intacto. A máscara esconde a essência, o cenho!

Aline Larissa Leite de Araujo

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Meão





A mediocridade humana ás vezes atinge certo patamar que impossibilita a prática da empatia em doses que, possivelmente, tornaria mais leve a arte de conviver. Poderia ser diferente, deveria ser diferente!
Qual parte me cabe neste processo? Qual ato me difere dos que vivem a margem do esperado?
Fazer o que está previsto é fácil, difícil é ir além.
Ser gentil com os que se apresentam como superiores é fácil, quero ver tratar os tachados de menores como iguais.
Preocupa-me saber como tenho tratado os meus, como os tenho visto no espelho da minha consciência.
Quebrar o reflexo obscuro que vislumbro neste espelho, paradoxalmente ao dito popular, pode evitar que me venha sete anos de azar. É como quebrar certos paradigmas, sair da zona de conforto e renovar. Requer coragem, ás vezes o não pensar.
Parece óbvio, obsoleto, repetitivo. E realmente o é.
Importa saber como buscar a nobreza do coração, além daquilo do que tenho feito, que tenho visto.
Estou fugindo da mediocridade que absorvo inconsciente e reproduzo inconseqüente entre as almas que encontro.


Aline Larissa Leite de Araujo

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sombras




Por vezes atormento-me com a minha sombra, que acompanha os meus
passos mais errantes.
Reflito no asfalto meu lado escuro, com meus pés tento me alcançar.
É inevitável, inatingível!
É como se fosse impossível esquecer a dialética do ser, ora claro, ora escuro.
Ora sereno, ora absurdo.
Contudo não deixo de caminhar, transpasso obstáculos e vou.
Até mesmo por que amar a si mesmo sugere que vençamos, diariamente, 
nossa eterna e humana escuridão.



Aline Larissa Leite de Araujo